Vídeo Pré-Reflexão
SOFRER POR CAUSA DOS FILHOS
Após o meu divórcio comecei a prestar mais atenção aos casais. Tendo eu passado pelo meu drama, questionava-me quantas mais pessoas não estariam em más relações?
Nós convivemos com familiares, amigos, colegas de trabalho e todos apresentam-se aparentemente bem. Em convívios sociais, passam a imagem de uma família feliz. Mas quantos realmente o serão?
Nas várias conversas que tive com a minha mãe, ela foi sempre muito clara: se estás infeliz no teu casamento, pede o divórcio. Não é necessário que aconteça algo grave. O tempo passa, envelhecemos e quando acordamos vemos que desperdiçámos muitos anos da nossa vida, por causa da necessidade de nos apresentarmos socialmente com alguém.
Sempre que me lembro das nossas conversas, agradeço a SORTE de ter tido aquela mulher como mãe.
É muito desafiante manter uma relação de longa data com alguém. Quando tudo começa, normalmente, é maravilhoso. Porém, com a acalmia da paixão, esta tem de dar lugar ao amor, que é mais sereno e obriga a sacrifícios.
Mas o problema está em não colocarmos limites a estes sacrifícios. Habituamo-nos àquela vida em comum e, com o tempo, muitos casais passam a viver como irmãos. O romantismo entre ambos desaparece, pois deixa de ser cultivado e o casal entrega-se completamente a uma rotina, onde não existe, sequer, um jantar romântico de vez em quando. A vida conjugal torna-se uma obrigação, diminuindo com o tempo, até desaparecer.
É nesta altura que o casal conforma-se com a situação, em alguns casos, procurando o romance perdido fora da relação, e depositando o seu foco nos filhos.
Quantos de nós não conhecemos casais assim? E quantos de nós não estaremos a viver isso neste preciso momento?
Contudo, se o casal não está disposto a lutar por uma relação feliz, eu não consigo entender o porquê de se permanecer numa situação destas, e, pior, utilizando o argumento “filhos” para continuar na infelicidade.
Como mãe posso compreender a preocupação em quebrar a (aparente) estabilidade familiar para a criança (adolescente ou jovem). Mas como filha, o pior que me poderia acontecer seria descobrir que os meus eram infelizes e só se mantiveram na relação por minha causa.
Muitos estudos mostram que a GRANDE maioria dos filhos prefere que os pais se separem e sejam felizes. Não é o que nós todos queremos para aqueles que amamos? A sua felicidade?
Além do mais, qual é o exemplo de relação saudável que estaremos a dar aos nossos filhos, quando ficamos numa relação infeliz, onde poderá existir falta de amor, traição, violência (de diferentes formas)? Os filhos crescem sem verem os pais trocarem um gesto de carinho, um sorriso cúmplice, um abraço de conforto, uma celebração genuína das suas conquistas.
E é esse exemplo que eles irão reproduzir. Eu sou uma pessoa carinhosa, afável, gosto de gestos de carinho constantes, porque é isso que vi enquanto crescia. Regra geral, inconscientemente, nós reproduzimos aquilo que faz parte da nossa criação. Não quer dizer que a pessoa não mude, mas isso exige da sua parte uma aceitação de que precisa, e empenho para tal.
Nunca é fácil tomar uma decisão tão complicada, como é a da separação. Sobretudo se vai contra os princípios da pessoa.
No entanto, não devemos utilizar os nossos filhos como justificação para nos mantermos numa relação infeliz. Não é justo para com eles. E devemos ter em conta de que o ser humano adapta-se às mais variadas situações. Nós, adultos, é que devemos saber gerir o processo, para que seja o mais equilibrado possível.
Além de que, os nossos filhos, um dia, seguirão as suas vidas, deixando o nosso lar. E o que será de nós, ao olharmos para trás e apercebermo-nos do tempo que passou?
O tempo é algo muito precioso. Todas as nossas decisões devem ter em conta o seu valor.
E viva o Sábado! Dia do meu ME TIME!!!!
Vou continuar com o meu amigo Indiana Jones , e hoje será “Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull”. Vou gostar de CERTEZA!!!
Irei acompanhar com o Martini Bianco, outra vez! DELÍCIA!
Boa noite!
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